O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, expressou indignação diante da decisão da Justiça Federal de Cáceres que concedeu liberdade provisória para dois traficantes presos com 420 quilos de drogas em Porto Espiridião, região de fronteira com a Bolívia.
Em entrevista nesta segunda-feira,08, o governador criticou a soltura dos traficantes em menos de 24 horas após a prisão.
Ele ressaltou os investimentos do estado na Segurança Pública e afirmou que é essencial manter os criminosos atrás das grades.
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Mendes destacou a dificuldade enfrentada pela polícia na fronteira e chamou a atenção para a necessidade de mudanças nas leis brasileiras ou uma ação mais enérgica por parte do Congresso Nacional ou do Conselho Nacional de Justiça.
A decisão judicial, assinada pelo juiz federal Guilherme Michelazzo Bueno, alegou que os traficantes seriam apenas “mulas” e que, por serem pobres e naturais de Mato Grosso, teriam aceitado o transporte das drogas para obter dinheiro fácil.
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O Ministério Público Federal e a Polícia Federal haviam solicitado a prisão preventiva dos traficantes, mas o pedido não foi acatado pelo magistrado.
“Mais um ABSURDO que só acontece no nosso país. Dois criminosos foram presos com 420 kg de cocaína aqui em Mato Grosso, graças ao trabalho dos nossos agentes do Gefron, e em menos de 24h os dois estavam SOLTOS!!! É impossível não se indignar com isso. São milhões de reais investidos na Segurança da fronteira, vidas sendo arriscadas, e pra quê? Pros criminosos voltarem pra rua!! Não podemos mais conviver com essas leis frouxas que só favorecem os bandidos. É preciso mudança urgente!” – desabafou Mauro Mendes.

“É extremamente irritante e frustrante pra mim, como governador, que sei os investimentos que nós estamos fazendo, eu sei o risco que os nossos bravos e valentes soldados da Polícia Militar ficam naquela região de 800 km de fronteira, trabalhando de dia, de noite, enfrentando todo tipo de dificuldade para prender bandido que passa com droga, prende e menos de 24 horas está solto, não tem cabimento, precisamos mudar”, concluiu.
O juiz federal decidiu, ao soltar os acusados, que o fato ilícito “não teve violência nem grave ameaça a pessoas, e aconteceu na região de fronteira pela razão óbvia de ser a Bolívia um dos maiores produtores de cocaína do mundo, razão pela qual essa circunstância não será levada em conta nesse momento de avaliação de permanência da prisão”. O juiz ainda argumenta. “Aponto ainda que se trata de cidadãos nascidos em Mato Grosso, em 1989 e 2004, moradores da zona rural, o caso típico de mulas – cidadões hipossuficientes das redondezas do local do crime animados com algum dinheiro fácil”.
“O fato de serem naturais de Mato Grosso é um elemento favorável à liberdade dos nacionais, já que indicam não terem intenção de serem criminosos, mas quiseram aproveitar oportunidade de dinheiro fácil, já que, ao que tudo indica, são pobres e residem na fronteira com o maior produtor de uma das drogas recreativas mais usadas no mundo, a cocaína”, diz outro trecho da decisão.
Via: Só Notícias
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