Zona de Convergência do Atlântico Sul deve provocar precipitações acima de 200 mm na região entre os dias 19 e 24 de fevereiro
A produção de soja transgênica no leste de Mato Grosso pode ser afetada por um fenômeno climático que deve se instalar sobre o Brasil na próxima semana. Trata-se da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), uma faixa de nuvens que se forma no oceano e se estende até o continente, trazendo chuvas intensas e persistentes.
Segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, a ZCAS deve atingir vários estados do Centro-Oeste e Norte do país, mas a região leste de Mato Grosso será uma das mais impactadas.
“Entre os dias 19 e 24 de fevereiro, os acumulados de chuva podem superar os 200 mm nessa área, o que representa um volume muito alto para o período”, explica.
Essa condição climática tende a prejudicar os trabalhos agrícolas em campo, especialmente o avanço da colheita da soja, um cultivo de extrema importância econômica para o estado. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 2023/24 de soja em Mato Grosso deve ser recorde, com uma produção estimada em 38,9 milhões de toneladas.
No entanto, a umidade excessiva no solo representa um desafio adicional, potencializando as perdas nas lavouras, especialmente aquelas semeadas tardiamente, devido à lixiviação da adubação. Além disso, com a previsão de chuvas intensas, o tratamento fitossanitário e o manejo das plantações ficam comprometidos.
Outros estados do Centro-Oeste, como Minas Gerais, Goiás e a região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Goiás), também devem ser afetados pela ZCAS, com acumulados de chuva que podem ultrapassar 150 mm.
No Sul do país, a situação é diferente. O baixo volume de chuvas no Rio Grande do Sul não contribui para reverter o déficit hídrico que afeta o estado. O mês de janeiro foi marcado pela escassez de precipitação na região, o que impacta diretamente na produtividade agrícola. No entanto, a tendência de tempo mais firme beneficia o avanço da colheita no Paraná e em Santa Catarina, proporcionando uma perspectiva mais favorável para esses estados.
Via: Canal Rural, Imea
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