Ex-presidente convoca ato em meio a investigações sobre tentativa de golpe
No domingo, dia 25 de fevereiro de 2024, a Avenida Paulista, no coração de São Paulo, foi palco de uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O objetivo do ato era exibir apoio em meio a investigações da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. A presença de apoiadores, incluindo a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e políticos aliados, marcou o evento.
A manifestação transcorreu de forma pacífica, com os participantes buscando defender valores como o Estado democrático de direito, liberdade, família e futuro. A avenida se encheu de bandeiras, cartazes e discursos, refletindo a polarização política que ainda permeia o país.
A operação “Tempus Veritatis”, que investiga um suposto plano de golpe de Estado para impedir a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, paira sobre Bolsonaro, tornando o momento ainda mais relevante.
Bolsonaro chegou ao local acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que iniciou o ato com uma oração. Em seguida, discursaram diversos aliados do ex-presidente, como os senadores Magno Malta e Rogério Marinho, os deputados Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, o pastor Silas Malafaia e os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Jorginho Mello, de Santa Catarina. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também esteve presente.
O discurso mais esperado, porém, foi o de Bolsonaro, que falou por cerca de meia hora, sem limite de tempo. O ex-presidente aproveitou a ocasião para se defender das acusações que pesam contra ele, alegando que é vítima de uma perseguição judicial e política, e que não teve acesso aos autos do inquérito da Polícia Federal, no qual ficou em silêncio. Bolsonaro também criticou o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, a imprensa e a oposição, acusando-os de tentar impedir o seu projeto de governo e de atentar contra a democracia e a soberania nacional.
A repercussão do ato foi ampla e diversa, gerando elogios, críticas, análises e questionamentos. Alguns viram na manifestação uma demonstração de força política e popular de Bolsonaro, que pode se beneficiar eleitoralmente em 2024. Outros viram na manifestação uma ameaça à democracia e à estabilidade institucional, que pode agravar a crise política e social no país. Ainda há aqueles que viram na manifestação uma oportunidade de diálogo e de pacificação, que pode favorecer a governabilidade e a cooperação entre os poderes.
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