sábado, julho 27, 2024

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Grupo feminino de enfrentamento a violência contra mulher é criado em Vila Rica

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Dezenas de mulheres de Vila Rica criaram recentemente um grupo de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher, o objetivo delas é trocar experiências para evitar que mulheres sigam sendo vítimas de violência, pois existem diversas formas de violência além da fisica, sendo comuns as formas psicológica, verbal, sexual e patrimonial.

Hoje a prioridade do grupo é a criação de um Centro de Atendimento para as Mulheres Vítimas de Violência, criando um espaço físico que possam ser abrigadas, pois muitas vezes o medo de denunciar é por não ter pra onde ir até que se resolva a situação na justiça, ela tem que voltar pra casa, e o infrator se não for preso pode cometer algo pior. De acordo com dados existem dezenas de casos de violência contra mulher anualmente na cidade, e envolvem mulheres das mais diferentes classes sociais e etárias, e que sofrem diversos abusos.

O grupo criado em Vila Rica, possui diversas mulheres que já foram vítimas de violência, a princípio o objetivo é troca de informações e em casos mais graves que as mesmas possam serem encaminhadas para os trâmites legais da lei, já que muitas das mulheres sempre ficam com a confiança de que apesar tudo nada vai ficar pior, sendo que os dados provam o contrário, a princípio a recomendação é que mulheres vítimas de violência procurem as Polícias Civil através do 197 e Militar através do 190. Os telefones de contato para quem quiser fazer parte do grupo são 66 98419-7498 – 66 98432-7650 e 66 8468-1363.

De acordo com o Investigador de Polícia Civil de Mato Grosso, Edenir Paulista, a instituição elabora há três anos um diagnóstico e acompanhamento das apurações envolvendo os homicídios de vítimas femininas. Segundo a assessoria do órgão, as análises feitas pela Diretoria de Inteligência auxiliam na compreensão de peculiaridades e identificação do que pode ser melhorado no atendimento a políticas de prevenção à violência de gênero e permitem que a Polícia Civil possa avançar na qualidade das apurações e tipificação penal dos crimes.

Um exemplo foi a criação do aplicativo SOS Mulher MT, sistema que reúne a solicitação de medidas protetivas online, botão do pânico virtual, entre outros serviços, ferramentas importantes para auxiliar e apoiar vítimas de violência doméstica. O desenvolvimento do sistema e o funcionamento contaram com a colaboração do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e Secretaria de Estado de Segurança Pública. O aplicativo permite acesso a outras funcionalidades, como telefones de emergência, denúncias e a Delegacia Virtual.

Para se ter uma ideia, entre janeiro e dezembro do ano de 2022, a Polícia Civil registrou quase 15 mil medidas protetivas em todo o estado, sendo que 4.165 delas tiveram o botão do pânico autorizado judicialmente e 395 mulheres acionaram o serviço virtual. “As medidas protetivas de urgência garantem a proteção imediata das vítimas. Isso está demonstrado nos números de medidas solicitadas nas delegacias, assim como a confiabilidade das mulheres neste instrumento, quando elas comunicam a quebra de medidas, passo imprescindível para a preservação das vítimas e prevenção aos feminicídios”, pontuou recentemente a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel.

No ano de 2022, Mato Grosso registrou no ano passado 101 mortes de mulheres. Destas, 47 foram enquadradas como crimes de homicídios qualificados pela violência de gênero, ou seja, feminicídios. Entre as vítimas dos feminicídios, apenas três delas tinham medida protetiva e, em 12 casos, as mulheres já possuíam algum registro anterior de violência doméstica contra os autores dos crimes. “E esse levantamento analítico sobre as mortes violentas de mulheres ajuda a Polícia Civil a conhecer e trabalhar na elaboração de ações de enfrentamento a violência contra as mulheres, para redução dos feminicídios em Mato Grosso”, acrescentou a delegada-geral.

O levantamento Diretoria de Inteligência traz um perfil completo da situação investigativa dos casos registrados, local e meio empregado nos crimes de homicídios de vítimas femininas, perfis das vítimas, vínculo entre vítimas e autores dos crimes, índice de esclarecimento dos homicídios e os efeitos da violência contra mulheres.

Investigações e prisões – Dos 101 homicídios registrados, 68% deles foram esclarecidos. Sessenta e três autores foram presos em flagrante ou por mandado de prisão e 39 deles tinham alguma passagem criminal. Ainda em relação ao perfil dos autores, o estudo apontou que 53% deles têm idade entre 18 e 39 anos, cinco cometeram suicídio logo após matar as vítimas e quatro foram mortos.

Perfis dos crimes – A maioria dos homicídios contra vítimas femininas ocorreu nos meses de abril (12) e julho (10) e os dias da semana com mais ocorrências foram as sextas, sábados e domingos. Quase metade das mortes foi provocada por arma de fogo (45%) e outras 31% por arma branca. Rondonópolis foi a cidade com mais registros no estado, 13 mortes de mulheres, sendo sete delas feminicídios.

“Esse estudo nos permite um cenário de compreensão de quem é essa mulher vítima de homicídio, os autores e explorar as metodologias de como a instituição trabalha a apuração dessa modalidade criminosa. Números que vão muito além da estatística, que mostram onde e como as instituições do sistema de segurança e de justiça podem trabalhar para avançar na proteção da mulher e na prestação de serviços”, apontou o diretor de Inteligência, delegado Juliano Carvalho.

FONTE: Eldorado FM/Evandro Carlos

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