Simone Nascimento, Editora-Chefe do GN Comunicação e Notícias
Desde sua identificação em Wuhan, China, no final de 2019, o SARS-CoV-2, causador da COVID-19, transformou-se em uma pandemia que abalou o mundo. Atualmente, especialistas observam uma transição desse vírus para um comportamento mais previsível e sazonal, semelhante ao de outros coronavírus humanos.
Desde o início da pandemia de COVID-19, o mundo registrou mais de 6 milhões de mortes, o Brasil contabilizou 699.310 óbitos, e Mato Grosso teve 14.854 mortes, evidenciando o impacto devastador do vírus ao longo dos últimos anos.
Evolução para a sazonalidade
Estudos recentes indicam que o SARS-CoV-2 está se encaminhando para se tornar endêmico, ou seja, continuará circulando entre nós de forma mais controlada e previsível. Essa transição implica que o vírus poderá apresentar picos de infecção em determinadas épocas do ano, especialmente durante o inverno. Essa tendência já é observada em outros coronavírus sazonais que causam resfriados comuns.
A infectologista Dr. Abdon Karhawi reforça essa perspectiva ao afirmar que “a COVID-19 entrou definitivamente para o grupo das infecções virais sazonais, como a gripe, e vai ocorrer anualmente”. Em entrevista ao site Repórter MT, ele destaca que, apesar de os casos graves terem diminuído, a doença não pode ser subestimada.
Veja entrevista:
Fatores que influenciam a sazonalidade
A sazonalidade de vírus respiratórios é influenciada por diversos fatores:
- Condições climáticas: Temperaturas mais baixas e menor umidade relativa no inverno favorecem a estabilidade e a transmissão de vírus respiratórios.
- Comportamento humano: Durante o inverno, as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e pouco ventilados, aumentando o risco de transmissão.
- Imunidade da população: A imunidade coletiva, adquirida por infecções anteriores ou vacinação, desempenha um papel crucial na modulação da transmissão do vírus.
O Papel da vacina
A vacinação continua sendo a principal ferramenta para minimizar os impactos da COVID-19, especialmente agora que o vírus se comporta de forma sazonal. Assim como ocorre com a gripe, a atualização periódica das vacinas será essencial para lidar com novas variantes e garantir proteção contra formas graves da doença. Autoridades de saúde já discutem a necessidade de campanhas anuais, priorizando grupos de risco, como idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde. No entanto, a adesão da população será um desafio, já que a percepção de risco diminuiu com o tempo. Manter a imunização em dia pode ser a diferença entre um quadro leve e uma hospitalização.
Observações recentes no Brasil
No início de 2025, o Brasil registrou uma redução significativa nos casos e mortes por COVID-19. Até 25 de fevereiro de 2025, foram contabilizados 130.507 infecções e 664 óbitos, os menores números desde o início da pandemia. Para comparação, no mesmo período de 2024, houve 310.874 casos e 1.536 mortes.
Entretanto, é importante notar que, nas primeiras sete semanas de 2025, houve um aumento de 52% nos casos em relação às últimas sete semanas de 2024, passando de 71.479 para 108.410 novos casos. Esse aumento pode estar associado às festividades de final de ano e ao Carnaval, períodos que tradicionalmente registram maior interação social e, consequentemente, maior disseminação do vírus.
Homenagem às vítimas da COVID-19
Em reconhecimento ao impacto devastador da pandemia, o dia 12 de março foi instituído como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de COVID-19. A data, aprovada pela Câmara dos Deputados, tem o objetivo de lembrar aqueles que perderam a vida para a doença e reforçar a importância da ciência e da saúde pública na prevenção de futuras pandemias.
Perspectivas futuras
Embora a COVID-19 esteja se encaminhando para um padrão sazonal, é essencial manter a vigilância e as medidas preventivas, especialmente durante os períodos de maior transmissão. A vacinação contínua, a higienização das mãos e o uso de máscaras em ambientes fechados e pouco ventilados permanecem como estratégias eficazes para controlar a disseminação do vírus.
Em suma, a COVID-19 está se integrando ao grupo de infecções virais sazonais, exigindo uma adaptação contínua das políticas de saúde pública e da conscientização individual para convivermos com este vírus de forma segura e responsável.
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