Por Simone Nascimento
A assistência social tem sido um dos pilares fundamentais na gestão pública, especialmente em tempos de dificuldades econômicas e aumento da vulnerabilidade social. Em Vila Rica, a nova equipe da Secretaria de Assistência Social está encarando desafios imensos, mas também colhendo frutos do comprometimento e da união com a população. Para entender melhor esse cenário, o GN TV Online entrevistou Clelma Stival Lopes, Secretária de Assistência Social; Maria Abadia Borges, Diretora do CRAS; e Edilene Fortunato, Assistente Social. O bate-papo revelou avanços, desafios e planos para um futuro mais acolhedor para os cidadãos.
Entrevista na íntegra:
“Sempre aprendemos a ajudar”: O legado familiar de Clelma Stival Lopes
GN TV Online: Dona Clelma, sua mãe, Dona Vilma, sempre esteve envolvida com assistência social. Como essa influência impactou sua decisão de assumir esse cargo?
Clelma Stival Lopes: Não foi só a minha mãe, mas também meu pai, seu Geraldo, que nos criaram com essa visão de ajudar o próximo. Isso sempre fez parte da minha vida. Quando aceitei esse desafio, já trazia essa vivência de acolhimento. Eu já ajudava antes, dentro das minhas possibilidades, e hoje faço isso de forma estruturada na Secretaria. Eu considero um dom e me sinto realizada.
GN TV Online: O senhor João, seu esposo e prefeito, sempre esteve envolvido com política. Como foi para a senhora assumir esse papel?
Clelma Stival Lopes: Sempre estive mais nos bastidores, mas sempre ajudando. O João insistiu que eu deveria aceitar o desafio de estar à frente da Assistência Social e, hoje, sinto que me encontrei. É um novo ciclo, estou aprendendo muito e determinada a fazer a diferença.
A experiência faz a diferença: A atuação de Maria Abadia Borges
GN TV Online: Badia, você já teve experiências anteriores na assistência social. Como isso contribui para seu trabalho no CRAS?
Maria Abadia Borges: Conhecer a realidade das famílias e ter experiência na área facilita muito. A assistência social exige sensibilidade e amor pelo que se faz. Para aceitar essa missão, busquei muito a direção de Deus. Nosso trabalho envolve vidas, não apenas números. Precisamos entender as necessidades de cada um, acolher com dignidade e oferecer alternativas para que saiam da vulnerabilidade.
GN TV Online: Você mencionou que já passou por esse cargo e voltou. Como foi esse retorno?
Maria Abadia Borges: Fui recebida com muito carinho. Quando você deixa um legado positivo e retorna, o reconhecimento da população faz toda a diferença. Isso me motivou ainda mais a continuar esse trabalho.
O desafio da burocracia e a urgência de novas políticas
GN TV Online: Edilene, você tem uma longa trajetória no serviço público e viu muitas mudanças. O que melhorou e o que ainda precisa ser feito?
Edilene Fortunato: As condições de trabalho evoluíram bastante. Hoje, temos o CRAS informatizado, climatizado e com uma equipe muito dedicada. Mas há desafios urgentes. Precisamos de uma Casa de Apoio para recuperação de dependentes químicos e uma Casa de Passagem para moradores de rua. A cidade cresceu, e a demanda por assistência também.
GN TV Online: Quais são os principais entraves para implementar essas mudanças?
Edilene Fortunato: Burocracia. Para criar essas casas, precisamos de recursos e aprovação de projetos. A administração já está se movimentando para viabilizar essas iniciativas, mas sabemos que não é simples. Além disso, a questão da documentação para acesso a benefícios sociais ainda é um problema. Muitas famílias têm dificuldades com a burocracia, e nosso trabalho é facilitar isso.
Estratégias para melhorar o atendimento e inclusão social
GN TV Online: O atendimento do CRAS ainda enfrenta dificuldades. O que está sendo feito para facilitar o acesso aos programas sociais?
Clelma Stival Lopes: Estamos trabalhando para desburocratizar ao máximo. Investimos em treinamentos para os funcionários, aumentamos a equipe e intensificamos as visitas domiciliares para evitar filas. Queremos que o atendimento seja mais ágil e humanizado.
Edilene Fortunato: Assistência Social não se faz dentro de quatro paredes. Precisamos ir até as famílias, entender suas dificuldades e oferecer soluções reais. Não basta entregar uma cesta básica, mas criar meios para que essas pessoas conquistem autonomia.
Oportunidades para geração de renda
GN TV Online: Além do auxílio emergencial, como a Secretaria pode contribuir para a geração de renda?
Clelma Stival Lopes: Estamos ampliando a oferta de cursos profissionalizantes em parceria com o Sindicato Rural e outras entidades. Queremos capacitar as pessoas para que possam ingressar no mercado de trabalho com mais segurança. Empresários da cidade já demonstraram interesse em contratar mão de obra qualificada. Um exemplo é o Zenilto, da Casa da Coxinha, que aprendeu a fazer massas em um curso do CRAS e hoje é um empreendedor de sucesso.
Maria Abadia Borges: Também temos cursos específicos para gestantes, onde ensinamos a confeccionar enxovais e outros produtos. Além de aprender uma nova habilidade, as mães ganham um kit de enxoval ao final do curso.
Conclusão: União para superar desafios
Com pouco mais de 40 dias à frente da pasta, Clelma, Badia e Edilene demonstram garra e comprometimento em transformar a assistência social de Vila Rica. A acolhida da população tem sido calorosa, mas os desafios ainda são muitos. A criação de novas casas de apoio, a desburocratização do atendimento e a ampliação de oportunidades de geração de renda são algumas das prioridades dessa gestão.
A assistência social vai muito além da distribuição de benefícios. Trata-se de construir pontes para que as pessoas saiam da vulnerabilidade e conquistem sua independência. Como ressaltou Maria Abadia Borges: “A situação das pessoas muda. Hoje, alguém pode precisar de uma cesta básica, amanhã pode estar ajudando outra pessoa”.
A equipe da Secretaria segue firme na missão de fazer a diferença, buscando parcerias e recursos para concretizar os projetos. Como disse Clelma Stival Lopes: “Eu não sou de desistir. Quando eu começo, eu quero terminar. E sei que vamos vencer”.
E você, leitor, já precisou ou conhece alguém que depende da assistência social? O que poderia ser melhorado? Deixe seu comentário e participe desse debate.
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