O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está conduzindo uma investigação que envolve aproximadamente 22 políticos em Mato Grosso, suspeitos de terem recebido apoio financeiro de facções criminosas durante as eleições de 2024. A informação foi confirmada pelo coordenador do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, em entrevista à Rádio Cultura 90.7 FM.
Detalhes da investigação
De acordo com o promotor Adriano Roberto Alves, a investigação abrange políticos tanto da capital, Cuiabá, quanto de municípios do interior do estado. Alguns dos investigados foram eleitos, o que levanta preocupações sobre a influência do crime organizado no cenário político local. O promotor destacou que, caso sejam obtidas provas concretas, o Gaeco pretende apresentar denúncias formais e recorrer à Promotoria Eleitoral para as medidas cabíveis.
Contexto das acusações
As suspeitas ganharam destaque após declarações do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que apontou a possível influência de facções criminosas na composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Além disso, o vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou que entre quatro e cinco vereadores teriam sido eleitos com o apoio direto do Comando Vermelho, seja por meio de financiamento de campanha ou intimidação de eleitores. Ranalli mencionou que moradores de determinados bairros foram coagidos a exibir materiais de campanha, votar em candidatos específicos e participar de reuniões sob ameaça de violência.
Ações em andamento
Em resposta às denúncias, a Polícia Civil, através da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), instaurou um inquérito para aprofundar as investigações. O prefeito Abilio foi convocado para prestar depoimento, mas informou que já havia colaborado com a Polícia Civil e o GCCO. Diante disso, o Gaeco optou por acompanhar o andamento das investigações conduzidas por essas instituições e poderá requisitar informações adicionais conforme necessário.
Implicações e próximos passos
A possível ligação entre políticos e facções criminosas representa uma ameaça significativa à integridade do processo democrático e à segurança pública em Mato Grosso. O Gaeco e outras autoridades competentes estão empenhados em apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos, caso as suspeitas sejam confirmadas. A sociedade aguarda desdobramentos dessa investigação, que poderá trazer à tona a extensão da influência do crime organizado na política estadual.
Por Simone Nascimento com Gazeta Digital
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