Gaza, 16 de janeiro de 2025 – O recente acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado pelos Estados Unidos e pelo Catar, trouxe um misto de esperança e incerteza para a região. Previsto para entrar em vigor no dia 19 de janeiro, o acordo inclui a retirada gradual das forças israelenses das áreas povoadas de Gaza, permitindo o retorno dos palestinos deslocados às suas casas. Além disso, centenas de caminhões de ajuda humanitária serão autorizados a entrar no território diariamente.
A primeira fase do acordo, prevista para durar seis semanas, prevê a libertação de 33 reféns mantidos pelo Hamas em troca de detentos palestinos em prisões israelenses. As negociações para a segunda fase começarão no 16º dia do cessar-fogo e incluirão a libertação dos demais reféns e uma retirada total das tropas israelenses de Gaza.
Os moradores de Gaza celebraram o acordo com alegria e alívio, mas também com tristeza e preocupação, enquanto lamentam a perda de entes queridos e começam a reconstruir o território após mais de um ano de devastação.
No entanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o acordo de cessar-fogo com o Hamas está suspenso devido a uma crise de última hora. Netanyahu mencionou que o Hamas recuou em um entendimento anterior sobre a liberação de prisioneiros, o que está impedindo a aprovação do acordo. Ele também acusou o Hamas de promover uma crise de última hora sem apresentar provas.
Desde o anúncio do acordo, mais de 70 pessoas morreram em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, e outros 200 palestinos ficaram feridos em ataques aéreos, segundo a Defesa Civil de Gaza. Entre os mortos estão 19 crianças e 24 mulheres. O acordo de trégua, que prevê a libertação de reféns em poder do Hamas e a retirada das tropas de Israel, deve entrar em vigor no domingo (19).
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, esperando que o cessar-fogo traga uma paz duradoura para a região, mas ciente dos desafios que ainda precisam ser superados.
Via: CBC
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