Maguila durante treino em São Paulo, em julho de 1983 (OSWALDO JURNO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Campeão brasileiro, sul-americano e mundial, ex-boxeador sofria de demência pugilística, uma doença degenerativa do cérebro
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O ex-boxeador José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, morreu nesta quinta-feira (24), em São Paulo, aos 66 anos. A morte do esportista foi confirmada por sua esposa.Maguila foi um dos maiores boxeadores brasileiros e sofria de encefalopatia traumática crônica, uma doença conhecida como demência pugilística, consequência dos golpes que sofreu ao longo da carreira.Nascido em Aracaju em 11 de junho de 1958, o peso-pesado disputou 85 lutas oficiais entre 1983 e 2000, com 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate técnico.
Folclórico e carismático, Maguila virou ídolo enfileirando nocautes nos ringues do Brasil e do mundo. Ele foi campeão brasileiro, sul-americano e mundial dos pesos-pesados.O primeiro título brasileiro aconteceu em 1983, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo – Maguila manteve o cinturão nacional até 1995. O título sul-americano veio no ano seguinte, também no Ginásio do Ibirapuera. Ele também manteria esse cinturão por mais uma década.
Maguila luta com Evander Holyfield nos EUA, em 1989. O boxeador brasileiro perdeu por nocaute (Flávio Canalonga/AE)
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Em 1989, no melhor momento da carreira, Maguila desafiou Evander Holyfield, mas foi nocauteado no segundo round. Em 1990, foi a vez de o brasileiro encarar outra lenda do boxe, George Foreman – novamente a luta acabou no segundo round, em mais um nocaute.Em 1995, Maguila se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão mundial dos pesos-pesados, conquistando o cinturão da Federação Mundial de Boxe, uma entidade que não está dentro das quatro principais organizações do esporte no planeta. Ele penduraria as luvas no ano 2000.
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Em 2013, ele foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica, uma doença neurodegenerativa causada por golpes na cabeça. Nos últimos anos, ele vivia em um centro terapêutico no interior de São Paulo.
(Alexandre Ferreira/Wikimedia Commons)
