Da Redação
Começou hoje o júri do vaqueiro José Bonfim Alves Santana, de 45 anos, acusado do assassinato de dois procuradores estaduais em uma fazenda em Vila Rica, município a 1.276 km de Cuiabá, no dia 9 de setembro de 2016. O júri está previsto até o dia 8 de agosto.
Saint-Clair Martins Souto, de 78 anos, e Saint-Clair Diniz Martins Souto, pai e filho, respectivamente, desapareceram em Vila Rica no dia 9 de setembro de 2016. A família registrou queixa do desaparecimento no dia 12 de setembro, após os procuradores não retornarem para Brasília, como esperado.
Um dia depois, Bonfim foi preso em Colinas (TO) e confessou o crime. Desde então o vaqueiro está preso na Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, em Água Boa, a 736 km de Cuiabá.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Bonfim atirou em Saint-Clair quando o idoso estava montado em um cavalo. A vítima foi atingida pelas costas enquanto andava pela propriedade.
O funcionário, então, foi até o curral da fazenda e procurou pelo filho da vítima dizendo que o pai havia caído no pasto. Os dois foram a cavalo até o local indicado por Bonfim.
No momento em que Saint-Clair viu o pai caído, desceu do cavalo e se aproximou. Bonfim, ainda montado no cavalo, atirou e matou a segunda vítima pelas costas. O funcionário ainda escondeu os corpos das vítimas.
Para o MPE, Bonfim matou as vítimas porque os procuradores teriam desconfiado que o funcionário estava furtando gado e revendendo os animais deles. O vaqueiro confessou o crime, tanto à polícia quando à Justiça de Mato Grosso.
Quando do início das novas investigações sobre o crime de furto de gado, o delegado Gutemberg de Lucena afirmou à época que o funcionário teria causado um prejuízo de, pelo menos, R$ 1 milhão às vítimas.
Com a quebra do sigilo bancário, a polícia descobriu que a movimentação financeira na conta do funcionário nos últimos meses era bem maior do que salário que ele recebia, de R$ 1,2 mil por mês. Ele foi capturado após fazer um saque em uma agência em Colinas do Tocantins.
Bonfim era funcionário da família há oito anos.
Fonte: G1MT




Foto tirada hoje(06) no início do julgamento. Crédito da imagem- domínio público – redes sociais