Tocantinense de Sítio Novo, onde nasceu no dia 3 de junho de 1990, e radicado em Belém do Pará, Pedro Eduardo Carbonelli Lins, 32 anos, é um dos suspeitos mortos em confronto com os policiais da Operação Canguçu, identificados pela Polícia Civil do Tocantins.
As informações são de registros da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) com base em documentação encontrada com os suspeitos.
Os quatro suspeitos morreram em confronto na Fazenda Vale Verde, na terça-feira, 18. De acordo com a Polícia Militar, a intensa troca de tiros ocorreu por volta das 17h.
Os outros dois identificados são Célio Carlos Monteiro, de 62, radicado em São Paulo, e Julimar Viana de Deus, 35, de Imperatriz (MA).
A identificação ocorreu depois que agentes do Instituto Médico Legal (IML) de Paraíso, Porto Nacional e Palmas, recolherem os corpos nas primeiras horas desta quarta-feira, 19.
Outros dois confrontos ocorreram nesta quarta, 19, de acordo com a Polícia Militar do Tocantins. Ainda não foram divulgadas informações se há novos feridos.
De acordo com o major Monteiro, assessor de comunicação da PM/TO, no início do dia, militares recolheram quatro armas de fogo próximo aos corpos. Um fuzil AK-47, um fuzil automático leve de calibre 7.62, e dois fuzis calibre 5.56.
Durante os dez dias de operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.
“São armamentos com alto poder de fogo, que estavam na posse desses criminosos que vieram a óbito, no intenso confronto com militares do Mato Grosso”, disse.
Ele informou ainda que militares do Tocantins e Goiás atuaram na contenção da área de confronto, durante a troca de tiros e a noite, para evitar a fuga dos criminosos.
A operação completa dez dias de cerco policial para busca e captura dos suspeitos, nesta quarta-feira, 19. A estimativa da PM é que o grupo fosse formado por cerca de 20 homens.
No total, a força-tarefa contabiliza seis suspeitos mortos e um preso após incursões dos militares. A operação é integrada por policiais civis e militares do Tocantins, militares do Mato Grosso, Goiás, Pará, Minas Gerais e Polícia Federal.
“Nenhum dos nossos policiais militares foram feridos e hoje pela manhã, durante a confirmação desses óbitos, houve um novo confronto entre os policiais do Bobe e os criminosos”, disse o tenente coronel Noelson, da PM de Mato Grosso.
O grupo, com cerca de 20 suspeitos, está sendo perseguido por uma força-tarefa com 350 policiais de cinco estados. Em dez dias de cerco, até esta quarta-feira (19), seis suspeitos morreram e um foi preso.
A caçada aos suspeitos no Tocantins começou no dia 10 de abril, depois que eles fugiram do Mato Grosso e entraram no território tocantinense pelos rios Araguaia e Javaés. A operação acontece na região oeste e sudoeste do estado, na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal, além de cidades do entorno.
Efeitos da operação
Após o início da operação a Polícia Militar estabeleceu um bloqueio e pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km em torno de Paraíso do Tocantins. É nessa área em que estão concentradas as buscas.
No fim de semana o governador Wanderlei Barbosa (Repúblicanos) afirmou que o grupo criminoso tem prejudicado colheitas na região devido à insegurança e o risco de novas ações criminosas.
As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.
O comandante da Polícia Militar do Tocantins, Márcio Barbosa, enfatizou que os policiais só sairão da região, quando todos os criminosos forem capturados.


Via: G1TO