Nesta quinta-feira (19), o laboratório norte-americano Moderna anunciou que, após anos de estudos e pesquisas, os primeiros testes da vacina contra o HIV começaram a ser feitos em seres humanos, nos Estados Unidos.
O imunizante foi gerado através do RNA mensageiro (mRNA), que é a mesma tecnologia que produz proteção utilizada pela empresa para as vacinas anti-Covid.
A autorização formal para iniciar os testes em humanos (fase 1) foi aceita pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) e irão envolver 56 pacientes com idades entre 18 e 50 anos não-portadoras do vírus.
Etapas até a vacina
De início, serão duas fases de testes: na primeira, 50% dos voluntários receberá duas doses iguais do imunizante mRNA-1644, e a outra, duas versões distintas, nomeadas mRNA-1644 e mRNA-1644v2.
Resultados serão acompanhados ao longo de 10 meses: nesse meio-tempo, os pesquisadores querem verificar a existência de resposta imune e comprovar a segurança da aplicação.
Se a resposta for bem-sucedida, outras duas doses serão necessárias somente para cumprir os protocolos de liberação, exigidos pelas agências sanitárias norte-americanas.
Por fim, na segunda etapa, haverá mais duas aplicações. Nelas, os cientistas farão a análise da segurança e das defesas do organismo e testarão a eficácia real das doses oferecidas.
Tecnologia mRNA
O ácido ribonucleico (RNA) é essencial na síntese de proteínas do nosso organismo. No caso do RNA mensageiro (mRNA), ele “ensina” as células do corpo a produzir antígenos contra vírus.
A partir daí, a vacina se torna mais eficiente, pois é diferente dos imunológicos tradicionais, que são fabricados à base de partes do vírus ou de vírus desativado.
Além do laboratório Moderna, sua concorrente, a Pfizer, também está com um imunizante aprovado e em fase de produção na América do Norte.
Vacinação no Brasil
Aqui no Brasil, a vacinação contra o HIV também acontecerá e a USP já está cadastrando voluntários desde o início do ano.
Saiba mais como vai funcionar o cadastramento e como entrar em contato com a universidade clicando aqui.
Via: Razões para acreditar