Suspeito já era monitorado por tornozeleira eletrônica e foi detido pela PM
Por Simone Nascimento
Um jovem foi resgatado pela Polícia Militar na tarde do último domingo (6) em condições degradantes dentro de uma residência no município de São Félix do Araguaia, no nordeste de Mato Grosso. De acordo com informações do boletim de ocorrência, o rapaz estava completamente nu, amarrado e com a boca amordaçada. Ele também teria sido ameaçado de morte e vítima de uma tentativa de estupro.
A ação policial teve início após moradores da região acionarem a PM por meio de uma denúncia anônima. Segundo relatos colhidos pelos militares no local, gritos e sons suspeitos teriam chamado a atenção de vizinhos, que decidiram intervir ao perceberem a gravidade da situação.
Assim que chegaram à casa indicada, os agentes encontraram o jovem em estado de choque. Ele foi imediatamente resgatado e encaminhado para atendimento médico no Hospital Regional de São Félix do Araguaia, onde recebeu os primeiros cuidados. O estado de saúde da vítima não foi detalhado, mas de acordo com fontes médicas ouvidas pela reportagem, ele está fisicamente fora de perigo e recebe acompanhamento psicológico.
Prisão do suspeito
Após diligências realizadas ainda no domingo, a Polícia Militar localizou e prendeu o principal suspeito de manter o jovem em cativeiro. O homem, cuja identidade não foi oficialmente divulgada, já era monitorado por tornozeleira eletrônica — o que, segundo a PM, ajudou na sua localização. A prisão foi efetuada sem resistência, e o suspeito foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil da cidade.
Fontes ligadas à investigação informaram que o suspeito possui passagens anteriores pela polícia e que sua conduta já vinha sendo observada por autoridades locais. As circunstâncias que motivaram o crime, assim como a relação entre vítima e agressor, ainda estão sendo apuradas.
Investigação em andamento
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de São Félix do Araguaia. Em nota, a corporação afirmou que todos os procedimentos legais estão sendo adotados para apurar os fatos e identificar possíveis cúmplices ou agravantes que possam alterar o enquadramento jurídico do crime.
A Delegacia trabalha com as hipóteses de sequestro, cárcere privado, tentativa de estupro e ameaça. A Promotoria de Justiça local também foi acionada e deve acompanhar o caso, dada a gravidade dos fatos relatados.
O Conselho Tutelar e órgãos de assistência social foram mobilizados para garantir suporte à vítima, que tem sua identidade preservada, em respeito às diretrizes legais e éticas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), uma vez que há suspeita de que o jovem seja menor de idade — o que ainda será confirmado durante o inquérito.
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