Um caso de extrema violência doméstica abalou moradores de um bairro em Canabrava do Norte, no último fim de semana. A Polícia Militar foi acionada após a a ex sogra denunciar que seu ex-genro, W.F.L. estava violentamente batendo no portão de sua casa e ameaçando a todos que tentavam intervir. O homem, que já estava proibido por medida protetiva de se aproximar da residência, foi flagrado agredindo brutalmente a própria filha, uma adolescente.
Segundo relato da denunciante, as agressões aconteceram na frente da casa da amiga da vítima, onde a menor buscava refúgio. Testemunhas disseram que o agressor chegou ao local exaltado e, em total desrespeito à decisão judicial, iniciou ataques físicos violentos. Ele teria batido a cabeça da jovem várias vezes contra as grades do portão da residência e desferido socos em seu rosto, causando lesões graves.
A mulher, ao tentar defender a neta, foi ameaçada e hostilizada pelo suspeito, que proferiu xingamentos e insultos, demonstrando completo desprezo pela medida protetiva. A vítima relatou à polícia que vive sob constante ameaça devido ao comportamento reincidente do suspeito.
Populares que presenciaram o ataque afirmaram que o suspeito estava armado com uma faca no momento das agressões. No entanto, temendo represálias, optaram por não formalizar seus depoimentos. A faca não foi encontrada durante a abordagem.
Vítima foi socorrida em estado de choque
Quando a guarnição chegou ao local, encontrou a adolescente em estado de choque e com hematomas visíveis no rosto e na cabeça. A adolescente foi levada imediatamente ao pronto-socorro, onde recebeu atendimento médico de urgência. As lesões confirmaram a gravidade das agressões.
De acordo com o depoimento prestado pela amiga da vítima, o suspeito chegou ao local alterado e chegou a oferecer uma substância em pó para que elas consumissem. Diante da recusa, ficou ainda mais agressivo e iniciou as agressões contra adolescente.
A menor detalhou que teve os cabelos puxados e foi jogada contra as grades repetidamente, além de receber socos na cabeça. Um hematoma considerável foi identificado próximo ao olho esquerdo da vítima.
Fuga, resistência e prisão
Logo após as agressões, o suspeito tentou fugir. A Polícia Militar realizou diligências intensas na região e conseguiu localizá-lo. No momento da abordagem, ele se mostrava extremamente agressivo, com sinais de resistência ativa. Segundo a PM, o suspeito tentou provocar os agentes, retirando a camisa, jogando-se ao chão e simulando uma convulsão.
Mesmo diante das tentativas de evasão e das ameaças contra os policiais, a equipe conseguiu contê-lo com o uso de força progressiva, seguindo os protocolos operacionais. Durante a revista pessoal, foram encontrados apenas um isqueiro e documentos pessoais, mas a conduta alterada do suspeito levantou a suspeita de uso recente de entorpecentes.
Wanderson foi conduzido ao Núcleo de Polícia Militar (NPM), onde permaneceu detido até ser encaminhado à delegacia.
Acusações formais e processo criminal
Na delegacia, ele foi autuado pelos seguintes crimes:
- Descumprimento de medida protetiva de urgência (Lei Maria da Penha)
- Lesão corporal grave contra menor de idade
- Ameaça e violência psicológica contra mulher
- Resistência à prisão e perturbação da ordem pública
As autoridades não descartam o envolvimento em outros crimes relacionados, como tentativa de homicídio ou corrupção de menores, dependendo da evolução das investigações e dos laudos periciais.
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e à Criança acompanha o caso com atenção. Conselheiros tutelares foram acionados e acompanham o estado de saúde e o amparo psicológico da menor.
Silêncio e medo entre vizinhos
Moradores da região, embora indignados, preferiram manter o anonimato. “Ele já era conhecido por causar confusão. A gente tem medo de se envolver porque essas pessoas voltam e fazem pior”, contou uma vizinha, em condição de sigilo.
O caso escancara mais uma vez as fragilidades no cumprimento e na fiscalização de medidas protetivas, e reacende o debate sobre o ciclo de violência doméstica que vitima mulheres e crianças no Brasil.
As autoridades reforçaram a importância de denúncias anônimas e canais de proteção como o Disque 180 e o 190, lembrando que silêncio, muitas vezes, pode custar vidas.
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