Por Simone Nascimento com Assessoria
No coração de São Paulo, a Casa do Cuidar celebrou não apenas seus 18 anos de existência, mas também a força da vida em meio às adversidades. O dia 7 de março de 2024 marcou o lançamento de “É[Sobre]Viver”, segundo livro da professora e escritora Mônica Strege, um testemunho emocionante de resistência, reflexão e aprendizado diante do adoecimento.
O evento reuniu amigos, pacientes, admiradores da autora e figuras importantes do cenário do jornalismo e da medicina. Entre elas, Ana Carolina Raimundi, repórter da TV Globo, que esteve presente para prestigiar os 18 anos da Casa do Cuidar e, na oportunidade, adquiriu um exemplar do livro de Mônica Strege, registrando o momento em uma foto simbólica.
Palavras que ressignificam a vida
Neste segundo livro, Monica Strege, reforça como a parceria entre as mulheres pode ser uma forma de apoio emocional nesta jornada de convivência com o adoecimento. Por isso, É(sobre)vida tem o prefácio de Ana Cláudia Quintana Arantes, médica, escritora e pioneira nos cuidados paliativos no Brasil. A história da Mônica, que é professora da rede estadual de Mato Grosso, toma um rumo tão inesperado quando ela recebeu seu diagnóstico de câncer há quatro anos. Desde então, viu-se confrontada com uma pergunta fundamental: como transformar a dor em expressão, e o medo em diálogo? No livro, ela compartilha as próprias experiências e relatos de outras pessoas, criando uma reflexão coletiva sobre o que significa, de fato, viver.
Entre a escrita, o voluntariado e a pesquisa acadêmica
Mônica não apenas escreve sobre a vida; ela a vivencia com intensidade. Além da dedicação à escrita, está imersa em sua tese de doutorado, cujo tema “Quem Cuida de Quem Cuida?” discute o papel das mulheres na sociedade diante do adoecimento. Como são elas que tradicionalmente ocupam a função de cuidadoras, sua pesquisa propõe uma reflexão sobre a vulnerabilidade e a necessidade de amparo a essas mulheres.
Para Mônica, a experiência com o câncer não apenas redefiniu seu olhar sobre a vida, mas também a impulsionou a se tornar uma voz ativa no debate sobre o tema. “O adoecimento me fez enxergar a vida sob outras lentes. Aprendi a valorizar cada dia e, principalmente, a compartilhar essa percepção”, afirma.
Arte que amplifica a mensagem
A edição de “É[Sobre]Viver” conta com as ilustrações de José Diogo Ferreira de Melo, ex-aluno da professora, que traduz visualmente, com sensibilidade, as nuances do livro. Seu trabalho não apenas complementa a escrita, mas também reforça a dimensão artística e humana da obra.
Dois livros, uma jornada de reflexão
O primeiro livro de Mônica, “É[Sobre]Vida”, publicado em 2024, já havia conquistado leitoras e leitores ao transformar memórias da infância com as reflexões sobre o adoecimento em um ato de resistência contra o medo da morte. Se nele a escritora nos convidava a olhar para a vida como uma folha em branco a ser preenchida, em “É[Sobre]Viver”, ela amplia essa discussão, tornando a experiência de conviver com câncer em um ato de coragem.
Reconhecimento e impacto
A mensagem de Mônica Strege transcende as páginas de seus livros, principalmente porque como mulher de luta, ela sempre tem uma força a mais para continuar a jornada. Tanto que no dia 13 de março de 2025, em Goiânia, ela se encontrou com a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, para quem ela entregou os exemplares de “É[Sobre]Vida” e “É[Sobre]Viver”. Para Mônica, esse gesto representa a voz de milhares de mulheres que vivenciam o adoecimento e na maioria dos casos vivem silenciadas.
O que fica?
O lançamento de “É[Sobre]Viver” foi mais do que uma celebração literária; foi um encontro de afetos, memórias e esperança. Em cada página, Mônica Strege nos convida a olhar para a vida com mais intensidade, nos lembrando de que viver é um ato de coragem diário.
E assim, suas palavras seguem ecoando, levando conforto, provocação e, acima de tudo, vida para onde quer que cheguem.
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