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Dia Mundial da Água – De Vila Rica ao planeta: pequenos atos, grandes alertas sobre a água

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Por Simone Nascimento

No dia 22 de março de 2025, o mundo celebra o Dia Mundial da Água, uma data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993 para destacar a importância da água doce e promover a gestão sustentável deste recurso vital.

Este ano, o tema central é “Preservação das Geleiras”, um alerta global sobre o papel das geleiras no equilíbrio climático e na disponibilidade de água potável. Mas enquanto o gelo derrete nos polos, o solo racha nos trópicos — e a crise da água se alastra por todas as direções.


A situação da qualidade da água no mundo

Atualmente, cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo vivem sem acesso a água potável segura. A poluição, o uso excessivo, a má gestão dos recursos e as mudanças climáticas são os principais vetores dessa crise silenciosa — que já não poupa nem os países mais ricos.

Enquanto isso, nas margens de rios e açudes contaminados, famílias inteiras adoecem, lavouras fracassam e ecossistemas inteiros entram em colapso.


Brasil: abundância desigual

O Brasil detém 12% da água doce superficial do planeta, mas esse tesouro hídrico está mal distribuído. Cerca de 80% do volume se concentra na região Norte, enquanto áreas superpopulosas como o Sudeste e o Nordeste enfrentam escassez hídrica, conflitos por uso e contaminação crescente.

A falta de saneamento básico e de fiscalização agrava ainda mais o problema. O país mais azul do mundo convive, paradoxalmente, com torneiras secas e doenças hídricas.


Mato Grosso: o coração das águas

Mato Grosso abriga as nascentes de três das maiores bacias hidrográficas do Brasil: Amazônica, Paraguai e Araguaia-Tocantins. No papel, é uma potência hídrica. Na prática, sofre com degradação ambiental, desmatamento e pressão da fronteira agrícola.

A preservação das nascentes mato-grossenses é fundamental para manter não só o abastecimento local, mas o equilíbrio climático e hidrológico de outras regiões do país.


Araguaia: o rio que pede socorro

Na região do Araguaia, pesquisas recentes revelam uma redução no volume de água e uma contaminação preocupante por agrotóxicos. Estudo publicado na Environmental Advances aponta a presença de pesticidas como atrazina, carbendazim, imidacloprida e clorpirifós etil — substâncias associadas a doenças crônicas, distúrbios hormonais e riscos ambientais severos.

As causas? Avanço da agricultura intensiva, uso descontrolado de defensivos e falta de proteção nas áreas de nascente. Um colapso anunciado, que ameaça comunidades ribeirinhas, biodiversidade e o turismo ecológico da região.


Vila Rica: lições locais de cuidado com a água

Enquanto algumas regiões ignoram os alertas, Vila Rica tem mostrado iniciativas consistentes. Por meio da SAEVIR (Sistema de Água e Esgoto de Vila Rica), o município tem investido em ações de educação ambiental, transparência na gestão e eventos de conscientização.

  • Em 2023, cerca de 500 crianças da rede pública participaram de uma visita guiada à Estação de Tratamento de Água, aprendendo de perto como funciona o sistema e como evitar desperdícios.
  • Em 2024, um ato público celebrou o Dia Mundial da Água com foco na valorização da água como bem comum.
  • Em anos anteriores, ações educativas incluíram aulas de campo, distribuição de materiais informativos e envolvimento de escolas, reforçando o papel da educação ambiental como ferramenta de mudança.

Iniciativas simples, mas poderosas. E que merecem ser replicadas.


Desafios, soluções e atitudes possíveis

A crise hídrica não se resolve apenas com grandes obras ou discursos bem elaborados. Exige mudanças culturais, políticas públicas sérias e compromisso individual. A seguir, algumas atitudes que cada pessoa pode adotar — agora mesmo:

Como evitar o desperdício de água:

  • Feche a torneira enquanto escova os dentes ou ensaboa a louça;
  • Reaproveite a água da máquina de lavar para calçadas e jardins;
  • Conserte vazamentos — um simples pinga-pinga pode jogar fora mais de 40 litros por dia;
  • Use descarga com botão duplo ou volume reduzido;
  • Regue plantas no início da manhã ou no fim da tarde para evitar evaporação;
  • Troque mangueira por vassoura;
  • Capte e reutilize a água da chuva;
  • Escolha eletrodomésticos com selo de eficiência hídrica.

Como preservar e recuperar nascentes:

  • Plante árvores nativas no entorno de nascentes e córregos;
  • Mantenha a mata ciliar intacta;
  • Evite uso de agrotóxicos e químicos perto das nascentes;
  • Instale cercas para proteger áreas frágeis do pisoteio de animais;
  • Refloreste áreas degradadas com espécies adequadas;
  • Incentive e participe de projetos ambientais locais;
  • Denuncie crimes ambientais e captação irregular de água;
  • Apoie políticas públicas e produtores que respeitam o ciclo da água.

Conclusão

Neste Dia Mundial da Água, fica o convite: pare e ouça o som da água onde você estiver. Se ele ainda existe, valorize. Se não, lute por ele.

A água é o fio invisível que conecta todas as formas de vida. Sem ela, nada floresce — nem planta, nem povo, nem país. Preservar a água não é um luxo. É uma necessidade urgente.


Simone Nascimento, editora-chefe da GN Comunicação e Notícias.

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