Por Simone Nascimento
Em um crime que abalou Cuiabá, a jovem Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de nove meses, foi brutalmente assassinada, e seu bebê retirado do ventre. O corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa no quintal de uma residência no bairro Jardim Florianópolis, na quarta-feira, 12 de março de 2025.
A armadilha fatal
Emilly saiu de sua casa, no bairro São Matheus, em Várzea Grande, na quarta-feira, após receber mensagens de uma mulher oferecendo doações de roupas de bebê. A suspeita, identificada como Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, alegou estar grávida de uma menina e já ter dois filhos, motivo pelo qual estaria doando as roupas. Para facilitar o encontro, Nataly chegou a enviar um Pix para custear o transporte de Emilly até sua casa.
O crime brutal
De acordo com o delegado Caio Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Emilly foi enforcada com fios de internet e apresentava cortes na barriga, indicando que o bebê foi retirado do útero. A perícia apontou que a adolescente tentou se defender, mas não resistiu ao ataque.
Confissão e Atuação Solitária
Nataly Helen Martins Pereira confessou o assassinato de Emilly e afirmou ter agido sozinha. Segundo o delegado Caio Albuquerque, Nataly assumiu a autoria logo que foi presa, não mencionando a participação de outros envolvidos. A defesa de Nataly reforçou que ela escondeu um aborto espontâneo ocorrido em setembro de 2024 e fingiu uma gravidez por meses, culminando no crime para obter um bebê e sustentar a falsa gestação. A advogada Ana Matos afirmou que todos os familiares da criminosa não sabiam do crime, que foi totalmente planejado por Nataly. O marido de Nataly e outros dois homens que haviam sido presos foram liberados após a confissão.
Tentativa de registro do bebê e prisão
Menos de 24 horas após o crime, Nataly foi detida no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, ao tentar registrar o recém-nascido. Ela alegou que a criança nasceu em casa, mas a equipe médica desconfiou da versão, especialmente porque Nataly não apresentava sinais de parto recente. A polícia foi acionada e prendeu Nataly em flagrante. Exames foram solicitados para verificar se ela esteve grávida recentemente. O bebê permanece sob cuidados médicos no hospital.
Repercussão e investigações
A brutalidade do crime chocou a população local e levantou questões sobre a segurança de gestantes em situações vulneráveis. A mãe de Emilly, Ana Paula, relatou que estranhou o comportamento da filha no dia do desaparecimento, pois ela não atendia às ligações e apenas enviava mensagens dizendo que não podia falar porque estava em uma corrida de aplicativo.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa continua investigando o caso para entender a motivação do crime. A comunidade espera por justiça e medidas que evitem que tragédias como essa voltem a ocorrer.
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