No dia 6 de junho, o projeto Força Mulher, desenvolvido pelo Sebrae, chegou à Aldeia São Domingos em Luciara, Mato Grosso. O objetivo? Empoderar mulheres indígenas por meio do empreendedorismo.
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O projeto faz parte do 4° Encontro das Mulheres Indígenas, organizado pela FEPOIMT MULHER (Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso). Adriana Silva Lima, consultora do Sebrae, explicou que o Força Mulher está presente em sete municípios, trabalhando o protagonismo dos povos originários.
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Artesanato, Gastronomia e Empreendedorismo
Por meio de atividades como artesanato, gastronomia e comidas típicas, o projeto busca desenvolver o potencial empreendedor das mulheres indígenas, mesmo quando vivem em aldeias. Adriana ressaltou que essas mulheres já nascem com características empreendedoras, desde a pesca até a transformação da mandioca em farinha.

O Sebrae ensina que o produto final é um serviço, envolvendo mão de obra e insumos. Além disso, trabalha a divulgação para que as mulheres possam atuar localmente ou em outros espaços. A capacitação dura de 6 a 8 meses e inclui impulsionar o artesanato e organizar o empreendedorismo.
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Liberdade Financeira e Metas
A liberdade financeira é um passo importante para o empoderamento. Patrícia, analista de negócios do Sebrae, destaca que o projeto pioneiro nas aldeias oferece consultoria em marketing e precificação do produto.

A FEPOIMT também atua na formação política das mulheres, abordando temas como violência, alimentação e qualidade de vida nas aldeias. A presidente da federação, Eliane Xunakalo, da tribo Bakairi, anunciou que o presidente Lula vai criar uma universidade indígena no fim do ano, com cursos relevantes para esses povos.
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Artesanato como Parte da Identidade
Eliane enfatiza que o artesanato é parte da identidade indígena, usado em rituais e enfeites. Vender esses produtos contribui para a família e a comunidade. A indígena Irapoiti, do povo Caiapó, ressalta que o empreendedorismo traz mais visibilidade para as mulheres.
Bryzza Cavalcante, analista do Sebrae e interlocutora da economia criativa, também reforçou o intuito do projeto: “Nós estamos aqui para contribuir com vocês em relação ao empreendedorismo, agregar valor ao artesanato de vocês, ensinar como vender e gerar renda para que vocês consigam obter essa independência financeira”.
Essas mulheres guerreiras, frequentemente responsáveis pelo trabalho dos homens, enfrentam desafios para prover suas famílias. No entanto, carregam consigo talento, doçura e singularidade. O 4° Encontro das Mulheres Indígenas reuniu grupos de várias etnias, demonstrando a vontade de aprender e reivindicar seus direitos. As participantes compartilharam vivências e opiniões, todas unidas pelo objetivo comum: melhorar a qualidade de vida e alcançar independência.
Via: O Araguaia