segunda-feira, maio 5, 2025

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Pior seca em rios da Amazônia provoca risco de colapso em abastecimento no país

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Governo do Amazonas decretou estado de emergência, o que deve agilizar o socorro às comunidades afetadas

A pior seca já enfrentada pela região amazônica, na região Norte do Brasil, pode provocar efeitos devastadores, ambientais e econômicos, para todo o território nacional. O alerta vem de organizações civis e de entidades de diversos setores e segmentos.

Com rios que operam como hidrovias, o escoamento de produtos está comprometido e com níveis d’água baixando, dia após dia.

“Já não conseguimos mais chegar com produtos na Zona Franca para a produção e temos dificuldade para escoar o que estamos produzindo”, relatou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva.

O industrial considerou que o próximo grande impacto será a chegada de alimentos, comprometendo refeições diárias de centenas de milhares de pessoas.

“Logo teremos problemas com abastecimento de alimentos. Algo precisa ser feito com urgência. O Estado deveria decretar estado de emergência e o governo federal liberar recursos para a dragagem do rio Madeira”, completou Silva, durante entrevista à Rádio CBN, ao reforçar que a estiagem diminuiu o nível do rio, formando bancos de areia e piorando a navegação.

Seis a cada dez produtos que saem da Zona Franca de Manaus são escoados por rios. Entre eles estão eletrônicos, aparelhos de ar condicionado e televisores. O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Nascimento, alertou que, em alguns casos, há registro de aumento no transporte de cerca de 50% e que os efeitos só não devem ser ainda piores de imediato porque as empresas enviaram produtos antecipados para a Black Friday, que neste ano será no dia 24 de novembro. Porém, reconheceu ele, se a seca se estender até o próximo mês pode haver risco de desabastecimento de produtos para o Natal e outras datas comemorativas.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Luís Fernando Resano, considerou que mesmo que as empresas tenham feito estoques para o fim do ano, eles podem acabar rápido dependendo do volume aguardando comercialização.

Seca no Norte, cheias e tornados no Sul

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), somado ao El Niño, que provoca aumento das temperaturas em águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, acima da linha do Equador, não permite a formação de nuvens, o que interfere na falta de chuvas na Amazônia.

Enquanto isso, o Sul do país volta a enfrentar episódios de tempestades e cheias históricas. Desde o início do ano, o Rio Grande do Sul passa por ciclones extratropicais com traços de destruição e provocando mortes, também sob influência do El Niño. Nesta semana, um tornado da categoria F2 – em uma escala que vai até o F5 entre os mais perigosos – atingiu a região oeste do Paraná.

Sem chuvas no Norte e agravamento da seca, os principais canais de navegação seguem travando na região. Fabricantes e empresas que operam no escoamento de produtos lembram que, além do rio Madeira, a situação se repete nos rios Negro e Solimões.

“Não temos como transportar. Hoje estamos preocupados com o industrial de Manaus, mas do jeito que está acontecendo, se as autoridades não tomarem providências, teremos em breve problemas ainda mais sérios”, alertou o presidente da Fieam.

Na entrevista à CBN, o empresário destacou que mercadorias que antes podiam ser entregues em até cinco dias estão levando de 20 a 25 dias para chegar ao destino. Isso vale para todos os insumos no modal de cabotagem. Nesta semana, o nível do rio Negro, em Manaus, chegou à sua 13ª pior vazão em 120 anos e a tendência é de piora. “A meteorologia revela que a seca vai continuar, só tende piorar”, completou.

O estado do Amazonas vive o que especialistas já consideram uma catástrofe climática. A seca e o calor extremos matam peixes e deixam moradores desabastecidos. O fenômeno deve atingir 500 mil pessoas até o final do ano. Veja na reportagem de Murilo Pajolla. Créditos: Brasil de Fato

Via: Gazeta do Povo

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