A Polícia Civil cumpriu nesta quinta-feira (1º) mandados de prisão e de busca e apreensão para desarticular uma associação criminosa investigada por cooptação de clientes que estivessem respondendo a crimes de menor potencial ofensivo por meio de Termos Circunstanciados de Ocorrência, no município de Alto Boa Vista.
Foram presos um assessor da Prefeitura de Alto Boa Vista, uma advogada e uma bacharela em Direito. Eles não tiveram o nome divulgado.
As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça após investigação da Delegacia de Alto Boa Vista, em conjunto com o Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Confresa, contra os envolvidos, entre policiais militares, advogadas e bacharéis em Direito.
Três pessoas foram presas. Em um dos endereços, na casa de uma bacharela em Direito, foram localizadas três armas de fogo, sendo uma com registro vencido e as outras duas sem autorização legal. Pela apreensão das armas, a investigada foi autuada em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma residência e um escritório de advocacia em Alto Boa Vista e dois endereços residenciais e um escritório de advocacia em Barra do Garças.
A operação contou com apoio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Barra do Garças.
Investigação
As diligências iniciaram após informação de que pessoas estavam sendo conduzidas ao Núcleo da Polícia Militar de Alto Boa Vista e forçadas a contratar determinadas advogadas.
Conforme a investigação da Polícia Civil, um militar, comandante do núcleo à época dos fatos, e um funcionário da Prefeitura haviam levado duas mulheres de Barra do Garças, uma advogada e a bacharela em Direito para participarem das condutas criminosas.
Os indícios apontam que as mulheres cooptavam clientes de várias formas. Além de utilizarem a sala do comandante do núcleo da PM, elas tinham acesso ao sistema de elaboração do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) da Polícia Militar.
Via: Top FM