sexta-feira, abril 19, 2024

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Um dos maiores nomes da TV brasileira, Jô Soares, morre aos 84 anos

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O ator, escritor, humorista, diretor e apresentador estreou no mundo artístico em 1956 e deixou legado

Jô Soares estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o fim de julho, e morreu na madrugada desta sexta-feira (5/8). Estava em tratamento de uma pneumonia.

O apresentador Jô Soares, que morreu nesta sexta-feira (5/8), aos 84 anos, em São Paulo, foi um dos maiores nomes da televisão brasileira. Ele estreou no mundo artístico em 1956, conquistou uma carreira brilhante, e se despede deixando um legado, principalmente na televisão brasileira, onde migrou do humor para a entrevista.

José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Ele era o único filho do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, mas seu amor pela arte falou mais alto.

A estreia na TV aconteceu em 1956. Naquele ano, participou no elenco da Praça da Alegria, na época na RecordTV, onde ficou por 10 anos.

Ícone da TV

Na TV Tupi, Jô Soares fez participações no “Grande Teatro Tupi”, do qual faziam parte nomes como Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Brito e Aldo de Maia.

Em 1960, Jô mudou-se para São Paulo para trabalhar na TV Record. O grande destaque da época foi A Família Trapo, exibido entre 1967 e 1971, todos os domingos. No princípio, Jô apenas escrevia o roteiro – seu parceiro era Carlos Alberto Nóbrega. Depois, ganhou um papel: o mordomo Gordon.

Em 1970, foi para a TV Globo estrelar o Faça Humor, Não Faça a Guerra, programa substituído pelo Satiricom em 1973. Três anos depois, como ator e redator, participou de Planeta dos Homens até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa: Viva o Gordo. A atração tornou-se um dos ícones do humor brasileiro.

Nova função

No Viva o Gordo, o humorista viveu diversos personagens marcantes, como Reizinho, Capitão Gay e Zé da Galera. Jô trocou a Globo pelo SBT em 1987 para realizar um de seus maiores desejos: apresentar um programa de entrevistas.

O Jô Soares Onze e Meia foi ao ar entre 1988 e 1999, com mais de seis mil entrevistas com grandes personalidades brasileiras e internacionais. Em 2000, o humorista retornou à Globo para o icônico Programa do Jô, encerrado em 2016.

Jô Soares também foi autor best-sellers e escreveu para jornais e revistas.

Nos anos 1980, escreveu com regularidade nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e para a revista Manchete. Entre 1989 e 1996, assinou uma coluna na Veja.

Também escreveu cinco livros, sendo quatro romances. A estreia foi O Astronauta sem Regime (1983), coletânea de crônicas publicadas originalmente em O Globo. O romance O Xangô de Baker Street (1995) liderou as listas dos mais vendidos e foi adaptado para o cinema em 2001. As obras seguintes foram O Homem que matou Getúlio Vargas (1998), Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005) e As Esganadas (2011).

No teatro, Jô ficou célebre por seus monólogos, todos marcados pelo tom cômico e crítico, com sátiras da vida cotidiana e política do Brasil. Os mais conhecidos foram Ame um Gordo Antes que Acabe (1976), Viva o Gordo e Abaixo o Regime! (1978), Um Gordoidão no País da Inflação (1983), O Gordo Ao Vivo (1988), Um Gordo em Concerto (1994) – que ficou em cartaz por dois anos – e Na Mira do Gordo (2007).

Como diretor, esteve à frente de Soraia, Posto 2 (1960), Os Sete Gatinhos (1961), Romeu e Julieta (1969), Frankenstein (2002), Ricardo III (2006).

Morte

Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira (5/8), aos 84 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 28 de julho, para tratar de uma pneumonia. A causa da morte não foi informada.

O enterro e velório do corpo de Jô serão reservados à família e aos amigos. A data e o local ainda não foram informados.

Ex-mulher de Jô, Flavia Pedras informou a morte na sua rede social. “Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados”, disse.

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