terça-feira, maio 6, 2025

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Polícia flagra situação análoga a escravidão em Canabrava do Norte; um suspeito foi preso

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O responsável pelo recrutamento dos funcionários foi preso na rodoviária de Porto Alegre do Norte; empregador está foragido

Na última terça-feira (15), trabalhadores de uma fazenda em Canabrava do Norte procuraram a delegacia da cidade vizinha, Porto Alegre do Norte, onde relataram situação de trabalho em condições análogas à escravidão, com cárcere privado e lesões corporais.

Com as informações, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as denúncias. Uma das vítimas que fez a denúncia apresentava várias lesões no corpo.

De acordo com o relato do homem agredido, na noite anterior, seu patrão junto com outro funcionário, considerado um ‘gato’ (pessoa responsável em recrutar funcionários), o levou para um bar.

Depois de tomarem bebidas alcólicas, todos retornaram ao alojamento, onde o patrão e seu ajudante passaram a xingar e agredir a vítima com socos e chutes. Depois, o amarraram pelos pés e mãos, deixando ele trancado no quarto. Por volta das 5h a vítima conseguiu se desvencilhar, abriu a porta e buscou socorro na casa de um colega.

Ao chegar à casa, ele estava com outras duas pessoas, todos funcionários do mesmo empregador, que decidiram procurar a delegacia. De acordo com os trabalhadores, eles estavam há mais de seis meses sem receber nenhum salário, além das más condições de trabalho.

Conforme a denúncia, as vítimas foram contratadas para trabalhar em serviços gerais em uma fazenda. O grupo de trabalhadores afirmou ainda que o local em que estavam tinha situação precária e a alimentação era à base de arroz, abóbora e carne de animal silvestre.

Parte dos trabalhadores veio do estado do Pará.

Verificando os fatos

Após a denúncia, o delegado Artur Almeida determinou um diligência no local informado. Os policiais constataram que a casa alugada para abrigar os trabalhadores era um antigo bar, com aspecto de abandono, próximo da Câmara Municipal da cidade. O local possuía apenas dois cômodos, sendo o salão principal, onde ficavam todos os trabalhadores, e um cômodo usado como cozinha, além de um banheiro.

Na residência, a equipe de investigação encontrou três funcionários e todos alegaram trabalhar para o mesmo empregador e que aguardavam o pagamento, pois nunca haviam recebido nenhum salário. Eles informaram ainda que todos os dias, o patrão os levava para o trabalho e trazia de volta.

Os investigadores apuraram ainda que o local era divido por 16 pessoas e a maioria havia ido embora para outras cidades com ajuda de parentes, devido às condições do trabalho, enquanto que os outros ficaram à espera do pagamento.

O empregador, além de não pagar seus funcionários, constantemente os ameaçavam de morte caso ele fosse denunciado.

Os policiais souberam que o homem que atuava no recrutamento estaria retornando para Santana do Araguaia, no Pará. Durante as diligências, a equipe da Polícia Civil conseguiu localizá-lo na rodoviária de Porto Alegre do Norte, pronto para embarcar no ônibus, quando foi preso em flagrante.

Seu chefe, entretanto, continua foragido.

Via: Semana 7

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