quinta-feira, maio 8, 2025

InícioNotíciasCrianças indígenas que passaram 27 dias perdidas na mata contam como sobreviveram...

Crianças indígenas que passaram 27 dias perdidas na mata contam como sobreviveram e falam sobre medo ‘quando choveu’ – vídeo

- Anúncio -

Aldeia Palmeira, Floresta Amazônica, a 400 quilômetros de Manaus: é no local que os irmãos Gleiçon, de 9 anos, e Glauco, de 7, que passaram 27 dias desaparecidos na mata, vivem com a família. Os dois saíram de casa para caçar passarinhos, não souberam mais voltar, e só foram encontrados na última terça-feira (15), a cerca de 35 quilômetros de casa.

Quem encontrou os dois foi o agricultor Manoel, indígena da etnia munduruku. Ele procurava madeira no meio da mata, quando ouviu um barulho. Manoel conta que os meninos estavam fracos, mal conseguiam andar e tiveram dificuldade para chegar até sua canoa. Depois de uma hora e meia navegando, as crianças reencontraram os pais.

“A emoção que eu senti maior na minha vida foi essa. Quase que eu caio na água”, relembra o pai, Claudionor Pereira.

Como estavam bem debilitados, desidratados e desnutridos, depois de serem levados até o hospital de Manicoré e receberem os primeiros socorros, Gleiçon e Glauco foram transferidos em uma UTI aérea para Manaus.

Eles ainda estão internados. Glauco dorme grande parte do dia. Ele está pesando 16 quilos e seu peso ideal seria entre 23 e 24 quilos. Já Gleiçon está com 20 quilos, quando deveria pesar entre 28 e 29 quilos.

Durante os dias em que ficaram na floresta, os meninos beberam água da chuva e de um pequeno rio, e comeram uma frutinha, chamada sorva, que é típica na região. A sorva tem carboidratos e por isso é fonte de energia, e também tem vitamina A.

Repórter: Qual foi a hora que te deu medo?
Gleiçon: Quando choveu.
Repórter: E o que você comeu e bebeu?
Gleiçon: Água.

“Estou muito feliz, porque estou vendo que meu filho está comendo pelos dias que passou sem comer. 27 dias não são 27 horas, né? Com fome, dormindo no frio, sem ter o calor da mãe”, lamenta a mãe dos meninos, Rosinete da Silva Carvalho, que acredita que o fato de eles serem indígenas foi fundamental para eles sobreviverem: “Porque eles têm aquele modo, aquele costume que a gente fala “da terra”, de comer as frutas que eles conhecem. E foi isso mais que alimentou eles”.

Via: G1

- Anúncio -

GN Comunicação e Notícias
GN Comunicação e Notíciashttps://gncomunicacaoenoticias.com.br
Conte com nossa equipe de redação para divulgar notícias da região.
OUTRAS NOTÍCIAS
- Anúncio -

- Anúncio -

- Anúncio -

- Anúncio -

- Anúncio -

Mais notícias

Recent Comments