quinta-feira, maio 8, 2025

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Cacique e servidor da Funai são presos pela PF suspeitos de envolvimento em garimpo ilegal em terra indígena em MT

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Foi confirmada a participação de uma liderança indígena que recebia 20% do ouro extraído da Terra Indígena Aripuanã (MT). Operação Ato Reflexo apura garimpo ilegal em Terra Indígena Aripuanã (MT)

Um cacique e um chefe da coordenação técnica local da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, foram presos em uma operação da Polícia Federal e do Ibama nesse domingo (20), suspeitos de terem envolvimento em esquema de extração de ouro ilegal feita por garimpeiros na região.

O cacique é suspeito de receber 20% do ouro extraído da Terra Indígena Aripuanã, da etnia Cinta Larga.

Por causa do difícil acesso, os dois suspeitos só chegaram à sede da Polícia Federal para serem ouvidos na madrugada desta segunda-feira (21).

Além dos dois, um garimpeiro também é investigado por crimes ambientais e contra a administração pública na Terra Indígena, mas está foragido.

A Operação Ato Reflexo foi deflagrada na tarde de domingo para desarticular a associação criminosa. Durante as ações de fiscalização na terra, que fica entre os municípios de Juína e Aripuanã, foram apreendidos dois celulares.

Após a análise dos aparelhos, foi constatado que um servidor da Funai trabalhava como ‘agente duplo’ utilizando a função pública para repassar, previamente, informações a alguns garimpeiros sobre a realização de operações de crimes ambientais realizadas por policiais federais e pelo Ibama.

O servidor cobrava para passar as informações.

Também foi confirmada a participação de uma liderança indígena que recebia 20% do ouro extraído da Terra Indígena.

Foram cumpridos então os mandados de prisão expedidos pela Vara Federal de Juína em desfavor da liderança indígena e do servidor da Funai. O proprietário de máquinas a quem foi transmitida a informação de que haveria operação policial dirigida aos garimpos, até o momento, encontra-se foragido.

As investigações terão continuidade para identificar os indivíduos envolvidos nas demais práticas criminosas investigadas.

2ª operação contra lideranças indígenas

Essa é a segunda operação da Polícia Federal que envolve lideranças indígenas e servidores da Funai em menos de uma semana.

Na quinta-feira (17), o cacique Damião Paridzané foi preso, investigado pela Polícia Federal por suspeita de receber dinheiro em troca da concessão ilegal de áreas indígenas à fazendeiros para criação de gado.

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ribeirão Cascalheira, Jussielson Gonçalves Silva, o sargento da Polícia Militar Gerrard Maxmiliano Rodrigues de Souza e o ex-policial militar do Amazonas, Enoque Bento de Souza, também foram presos na Operação Res Capta, deflagrada pela Polícia Federal, contra o arrendamento das terras indígenas para produtores rurais.

Um vídeo mostra coordenador da Funai e o sargento da PM negociando o arrendamento.

O cacique, que recebia pelo menos R$ 900 mil por mês com o suposto esquema, é um dos principais líderes citados e premiados na história da luta do povo Xavante para a reconquista da Terra Indígena Marãiwatsédé e expulsão de não indígenas da área.

Ele já foi homenageado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), durante o XI Seminário de Educação (Semiedu 2013), sendo reconhecido como “lutador” dos povos indígenas, e logo depois, em Brasília, ele ganhou um reconhecimento na 20ª edição do Prêmio de Direitos Humanos, recebendo um troféu por “nunca ter negociado com fazendeiros e políticos, e sempre afirmar: “eu só preciso da terra”.

Fonte: G1/MT

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