Pandemia da covid-19, desemprego e aumento dos preços estão relacionados com a situação
Mato Grosso conta com quase 400 mil pessoas em situação de miséria. A cidade de Várzea Grande lidera o ranking com 52,918. Os dados são da Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania, com base no Cadastro Único (CadÚnico).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é considerada situação de extrema pobreza pessoas que têm renda a R$ 151 por mês.
A Capital do Estado, Cuiabá, ficou em segundo lugar na pesquisa com 46,526 pessoas registradas. Em terceiro lugar está a cidade de Rondonópolis com 20,086 mil pessoas em situação de miséria.
A situação vem se agravando, em todo país, desde o início da pandemia da covid-19, que resultou no fechamento de muitas empresas e com isso, milhares de pessoas acabaram sendo dispensadas dos serviços.
Além disso, o aumento dos preços dos produtos também contribuiu para aos altos índices de pobreza. Um reflexo dessa situação vem sendo destaque nos noticiários locais e nacionais.
Em Cuiabá, dezenas de pessoas que não têm condições de comprar carne enfrentam uma fila para receber doação de “ossinhos” feita por um açougue no bairro CPA II.
Ainda na Capital, a Central de Abastecimento e Distribuição tem auxiliado na doação de vegetais, legumes e frutas que não são comercializadas, para as pessoas carentes.
Mais de 400 pessoas são cadastradas e, uma vez na semana, passam pelas bancas em buscas dos alimentos.
Menor miséria
Em Mato Grosso três cidades se destacaram por apresentar um número baixo de pessoas em situação de extrema pobreza. O primeiro da lista está Nova Brasilândia com 68.
A segunda cidade é Indiavaí com 99 e em terceiro lugar ficou Tapurah com 388.
Auxílio na pandemia
Desde abril o Governo do Estado tem auxiliado a população carente por meio do Prograna Ser Família, que beneficia cem mil famílias com uma ajuda mensal de R$ 150, exclusivos para alimentação.
Desde o início da pandemia o Governo Federal também vem disponibilizando uma quantia em dinheiro para as pessoas desempregadas e que têm uma renda menor que o salário mínimo (R$ 1.100 reais). Atualmente, o valor varia de R$ 150 a R$ 375 reais.
