Decisão de iniciar a vacinação da população em geral decorre de uma demanda diminuída de grupos prioritários elencados no plano de imunização
Em nota técnica publicada nesta sexta-feira (28), o Ministério da Saúde antecipou e definiu a ordem de prioridade de vacinação dos profissionais da Educação contra Covid-19, além do início da vacinação contra Covid-19 da população com idades entre 18 e 59 anos, em ordem decrescente de idade.
Conforme o documento, trabalhadores de creche e pré-escolas serão os primeiros da fila, seguidos pelo ensino fundamental, médio, profissionalizantes e EJA e, por fim, do ensino superior.
O texto diz que a pandemia ocasionou “importantes impactos sociais” na educação infantil e que a volta das aulas presenciais é uma necessidade.
As novas diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI) vão ser detalhadas em entrevista nesta tarde por integrantes do ministério.
A decisão de iniciar a vacinação da população em geral, segundo a pasta, decorre de uma demanda diminuída de grupos prioritários elencados no plano de imunização.
A pasta vai continuar a vacinação de grupos prioritários ao mesmo tempo que ampliará a imunização para a maior parte da população.
Vacinação de pessas de 18 a 59 anos sem comorbidades
A nota do Ministério diz ainda que há estados e municípios que relataram demanda reduzida da vacinação de grupos prioritários atuais e que, nesses locais, a população geral de 18 a 59 anos, sem comorbidades, pode começar a ser imunizada, em ordem decrescente de idade.
Entretanto, a pasta orienta que esses lugarem devem garantir o percentual de doses necessárias para continuar a vacinação dos demais grupos preferenciais.
Na última edição do Plano de Operacionalização da Vacina, há 28 grupos que têm prioridade na imunização. São eles:
“Porém de maneira concomitante, será iniciada a vacinação da população geral (18 a 59 anos), de maneira escalonada e por faixas etárias decrescentes, até o atendimento total da população brasileira acima de 18 anos”, disse a nota técnica do ministério.
“Portanto, deve-se manter a vacinação dos grupos prioritários, conforme previsto no PNO e Estados e Municípios que não apresentam demanda ou tenham demanda diminuída para vacinação dos grupos com maior vulnerabilidade e trabalhadores de educação, poderão pactuar em Comissão Intergestores Biparte a adoção imediata da estratégia de vacinação segundo a faixa etária em ordem decrescente de idade garantindo o percentual para continuidade da vacinação dos demais grupos prioritários”, destacou o documento.
“Estes impactos seguramente estão sendo mais importantes justamente nos grupos sociais menos favorecidos e que tem, por exemplo, dificuldade ou mesmo inviabilidade para uma adesão ao ensino a distância”, diz, acrescentando que as escolas também contribuem para a segurança alimentar das crianças.
“O ambiente escolar traz, no entanto, elevado risco de exposição a vírus respiratórios aos trabalhadores da educação tendo em vista que crianças são habitualmente peças chaves na transmissão destes vírus, o que justifica a vacinação deste grupo de trabalhadores”, continua.
Via: CNNBrasil