domingo, maio 11, 2025

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Águas do Rio das Mortes em Nova Xavantina pode estar contaminada com coquetel de 27 agrotóxicos

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Da Redação

Imagens: O Roncador

A população de Nova Xavantina pode estar bebendo água contaminada com um coquetel de 27 agrotóxicos utilizados nas plantações de lavouras que margeiam o Rio das Mortes, dos quais, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer.

Foto aérea mostra como a região as margens do Rio das Mortes está sendo utilizada para a produção de lavoura na região de Primavera do Leste e Campo verde, bem como, na região de Itaquerê no município de Novo São Joaquim. Os agrotóxicos que são usados no preparo do solo, os misturados as sementes, bem como os produtos para o combate de pragas e secagem da soja, são despejados nos pequenos córregos e transportados para as águas do Rio das Mortes.
A região do Vale da Serra, Serra Azul, Noidore, entre outras regiões produtora de lavouras em Nova Xavantina também utilizam os mesmos agrotóxicos, que, da mesma forma, contaminam as águas do Rio das Mortes que abastece toda a população de Nova Xavantina.

Um coquetel que mistura diferentes agrotóxicos foi encontrado na água de 1 em cada 4 cidades do Brasil entre 2014 e 2017. Nesse período, as empresas de abastecimento de 1.396 municípios detectaram todos os 27 pesticidas que são obrigados por lei a testar. Desses, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.

Os dados são do Ministério da Saúde e foram obtidos e tratados em investigação conjunta da Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye. As informações são parte do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), que reúne os resultados de testes feitos pelas empresas de abastecimento.

Os números revelam que a contaminação da água está aumentando a passos largos e constantes. Em 2014, 75% dos testes detectaram agrotóxicos. Subiu para 84% em 2015 e foi para 88% em 2016 chegando a 92% em 2017. Nesse ritmo, em alguns anos, pode ficar difícil encontrar água sem agrotóxico nas torneiras do país.

Embora se trate de informação
os testes não são divulgados de forma compreensível para a população, deixando os brasileiros no escuro sobre os riscos que correm ao beber um
copo d’água. Em um esforço conjunto, a Repórter Brasil, a Agência Pública e a organização suíça Public Eye fizeram um mapa interativo com os agrotóxicos encontrados em cada cidade. O mapa revela ainda quais estão acima do limite de segurança de acordo com a lei do Brasil e pela regulação europeia, onde fica a Public Eye.

Nova Xavantina registra números alarmantes de câncer, doença que já ceifou a vida de centenas de cidadãos xavantinenses. Entre os agrotóxicos encontrados em mais de 80% dos testes, há cinco classificados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos como  “prováveis cancerígenos” e seis apontados pela União Europeia como causadores de disfunções endócrinas, o que gera diversos problemas à saúde, como a puberdade precoce.  Do total de 27 pesticidas na água dos brasileiros, 21 estão proibidos na União Europeia devido aos riscos que oferecem à saúde e ao meio ambiente.

As águas do Rio das Mortes em Nova Xavantina nunca foram testadas, e, a falta de monitoramento é um problema grave. Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.931 não realizaram testes na sua água entre 2014 e 2017. 

Saiba o nível de contaminação da sua cidade clicando no link abaixo

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